30 de setembro de 2013

Brida - As Valkírias - Na margem do Rio Piedra eu sentei e chorei - de Paulo Coelho



“Se a dor tiver que vir, que venha rápido (...) Porque tenho uma vida pela frente, e preciso usá-la da melhor maneira possível. Se ele tem que fazer alguma escolha, que faça logo. Então eu o espero. Ou o esqueço.
Esperar dói. Esquecer dói. Mas não saber que decisão tomar é o pior dos sofrimentos.”



Li meu primeiro livro do Paulo Coelho quando estava na faculdade, finalmente eu tinha uma grande biblioteca a minha disposição. Não que a biblioteca da Universidade fosse muito grande, mas comparada à salinha minúscula que era a biblioteca municipal da minha cidade, aquela, da Universidade, já estava de bom tamanho.
Enquanto procurava livros contábeis, resolvi também procurar romances, e quando vi "O Diário de um Mago" disponível, peguei-o instantaneamente. Assim comecei a ler as obras de Paulo Coelho. Fui passando de uma para outra, entreguei “O Diário de um Mago” e peguei “O Alquimista” e assim por diante.
Como todos sabem, Paulo Coelho é o escritor brasileiro que mais vendeu livros em todos os tempos, e por aí ouvem-se muitas críticas contra e a favor. Mas eu particularmente gosto muito da escrita dele. Não que eu seja seguidora de sua filosofia mística, ou de seus exercícios mágicos, mas gosta de sua maneira de ver o mundo, e seus livros nos levam a entender e superar muitas de nossas  dificuldades.
Como já faz muito tempo que li os livros, não posso fazer uma resenha muito completa, aliás, são muitos, então pretendo relê-los para expor minha opinião aqui no blog. Porém, hoje vou falar dos meus preferidos. É difícil escolher, mas dentre os títulos que já li posso destacar três: “Brida” , “As Valkírias” e “Na Margem do Rio Piedra eu Sentei e Chorei”. Este último é o que está mais vivo em minha memória, portanto concluo que deve ser o que mais gostei!
Como já comentei aqui no blog, sempre destaco algumas frases dos livros que leio, e revirando velhas agendas encontrei-os anotados. Vamos ver:
 
Brida conta a história de uma moça comum que quer ser uma bruxa. Tem meio que um triângulo amoroso, que rola pela história, Brida tem um namorado (ou noivo, não lembro bem) e aparece um Mago na vida dela. Acontece também uma busca pela alma gêmea ou “a outra parte”.

Trechos: “Hoje estou convencida de que ninguém perde ninguém, porque ninguém possui ninguém... Essa é a verdadeira experiência de ser livre: ter a coisa mais importante do mundo sem possuí-la.”

“Não devemos julgar a vida dos outros, porque cada um de nós sabe de sua própria dor e renúncia. Uma coisa é você achar que está no caminho certo, outra é achar que seu caminho é o único!”


O livro As Valkírias fala da busca do escritor pelo seu anjo da guarda, e eu simpatizo muito com esse pensamento. Ele parte em uma viagem por um deserto para encontrar uma pessoa que pode lhe ensinar como conversar com seu anjo da guarda. Não como conversamos em orações, mas conversar mesmo, enxergando ele. Durante essa jornada aparecem as Valkírias (que são tipo “cavaleiras lendárias”, mas andam de moto). Paulo Coelho está acompanhado da esposa nessa viagem, e aí surge uma rivalidade entre ela e uma das Valkírias. Não para saber o que é fato e o que é ficção. Existem coisa bem fora da realidade, mas como sempre algumas frases nos tocam bastante.

Trechos: "A gente sempre destrói aquilo que mais ama em campo aberto, ou numa emboscada; alguns com a leveza do carinho outros com a dureza da palavra; os covardes destroem com um beijo, os valentes, destroem com a espada."
"Bastava acreditar que anjos existem, bastava precisar de anjos. E eles se mostravam, brilhantes como o raiar da manhã."

Existe também um trecho, que eu não anotei, mas que passou a fazer parte da minha vida. É uma cena em que eles e o rapaz que sabe falar com os anjos, resolvem sair para uma aula prática, e o rapaz esquece alguma coisa em “casa”, assim ele volta para buscar e fica esperando alguns momentos na frente de casa, antes de sair novamente. Quando questionado sobre o que estava fazendo ele responde que quando esquecemos alguma coisa e temos que voltar para buscar, é nosso anjo, nos atrasando, para tirar obstáculos do nosso caminho, e nos proteger (mais ou menos isso). Sempre que eu esqueço alguma coisa, eu lembro disso, e agradeço ao meu anjo por estar perto de mim.

Na Margem do Rio Piedra eu sentei e chorei, é o mais romântico, e por isso merece que sua sinopse seja postada:


Numa história de amor estão os mistérios da vida. Pilar e seu companheiro conheceram-se na infância, afastaram-se na adolescência, e - onze anos depois - tornam a se encontrar. Ela, uma mulher que a vida ensinou a ser forte e a não demonstrar seus sentimentos. Ele, um homem capaz de fazer milagres, que busca na religião uma solução para os seus conflitos.
Os dois estão unidos pela vontade de mudar, de seguir os próprios sonhos, de encontrar um caminho diferente. Para isto, é preciso vencer muitos obstáculos interiores: o medo da entrega, a culpa, os preconceitos. Pilar e seu companheiro resolvem viajar até uma pequena aldeia nas montanhas - e trilhar o difícil caminho de reencontro com suas próprias verdades.

Para quem leu, a passagem sobre o “quebre o copo”, é a melhor. Para quem não leu, quando ler vai entender.

Trechos:
Tentando julgar o amor futuro pelo sofrimento passado. O amor é sempre novo. Não importa que amemos uma, duas, dez vezes na vida - sempre estamos diante de uma situação que não conhecemos. O amor pode nos levar ao inferno ou ao paraíso, mas sempre nos leva a algum lugar.”

E uma passagem que sempre levo comigo foi a que citei no ínicio da postagem, não apenas para o amor, mas para todas as decisões:
“Se a dor tiver que vir, que venha rápido (...) Porque tenho uma vida pela frente, e preciso usá-la da melhor maneira possível. Se ele tem que fazer alguma escolha, que faça logo. Então eu o espero. Ou o esqueço.
Esperar dói. Esquecer dói. Mas não saber que decisão tomar é o pior dos sofrimentos.”


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