O terceiro livro da série Os Bridgertons conta a historia de
Sophie e Benedict.
Julia Quinn sai da madrasta boa e amada de Kate em “O
Visconde que me amava” para a madrasta bruxa má de Sophie em “Um perfeito
Cavalheiro”. Quando comecei a leitura pensei em desistir logo de cara, pois, as
primeiras páginas eram a cópia fiel de Cinderela, e eu pensei: “Se eu quisesse
ler Cinderela, eu leria “Cinderela”... até que chega a hora do baile e aparece
Benedict Bridgerton para deixar o pobre príncipe encantando no chinelo, afinal
além de ser lindo ele é muito mais inteligente e divertido, e moreno, alto, bonito
e sensual do que qualquer príncipe encantado que ande por aí.
Já Sophie é uma filha bastarda de um conde, e era maltratada
pela madrasta até mesmo antes de o conde falecer, então imagina depois. É
impossível não imaginar Anjelica Huston (de Para Sempre Cinderela) como a
madrasta malvada “Araminta” ; e as filhas Rosamund e Posy como as atrizes Megan
Dodds e Melanie Lynskey do mesmo filme. Mas a as semelhanças acabam
aí. Sophie, não tem a nada a ver com Drew Berrymore e nem Benedict com o tal
príncipe do filme.
Enfim, a história começa a ficar bacana quando eles se conhecem
no baile, mas aí ela tem que ir embora correndo, e Benedict não sabe nem seu
nome, pior ainda, não conhece nem seu rosto direito, porque ela estava de
máscara. Algumas reviravoltas acontecem e eles voltam a se encontrar 2 anos
depois, porém ele não a reconhece, mas se apaixona por ela de novo, só que... e
sempre tem um “só que”, ela é uma camareira, e... bom, o filho de um Visconde
não pode se casar com uma camareira. Então aí vai se desenrolando a história e
te deixando super presa ao enredo.
Benedict como eu já falei é demais. Ele tem a beleza e aquele
senso de humor típico dos Bridgertons, mas tem um charme, um algo a mais que me
deixou arrepiada. Sophie é uma pobre moça em todos os sentidos, não tem
dinheiro, não tem família e já foi muito humilhada, mesmo assim ela não perde a
integridade, e o que eu admiro muito nas mocinhas: ela não tem “não me toques”.
Sophie admite pra si mesma que é apaixonada por ele, que o deseja, sabe que não
há a menor chance de eles se casarem, mas mesmo assim ela se permite sonhar,
pois como ela mesma pensa “o sonho não tem nenhum compromisso com a realidade”.
A família Bridgerton faz o pano de fundo perfeito, como
sempre. Agora todos já estão mais crescidos, e cada vez mais divertidos. Lady Whistledown continua com sua língua afiada e seu anonimato, mas começo a desconfiar de essa mulher pode ser uma Bridgerton, será? Eu não sei mesmo, só estou especulando. Violet , por sua vez, me conquista cada vez mais,
além de ser a vicondessa mais popular e cheia de contatos da época (e tudo isso
sem facebook!), ela é muito perspicaz, e muito amável, adoro quando ela faz os
filhos dançarem com as mocinhas que levam chá de cadeira.
Divagando um pouco, mas se Violet conhecesse as Wallflowers
da Lisa Kleypas com certeza seria um pouco mais fácil a vida para elas.
Eu acho que seria muito legal, e até gostaria desesperadamente,
que no final dessa série Os Bridgertons a Julia Quinn, escrevesse um livro spin-off
contando a história da Violet com Edmund. Eles foram tão felizes e tiveram
tantos filhos lindos e fofos, que mereciam ter sua história contada. Fica meu
pedido-súplica-sugestão.
Um perfeito Cavalheiro é um livro absolutamente encantador,
eu recomendo.
Trechos:
“Então deu meia volta e, na fração de segundo antes que ela
saísse, Benedict se deu conta de que havia apenas uma forma de fazê-la parar.
Como não conseguiria se levantar rápido o suficiente para ir atrás dela, dado
seu estado de perplexidade, ele estendeu os braços e agarrou um dos tornozelos
de Sophie com as duas mãos, derrubando-a no chão ao seu lado. Não foi o gesto
de um cavalheiro, mas quem recebe esmola não tem direito de reclamar, e, além
disso, ela dera o primeiro golpe.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário