25 de abril de 2011

Bumbum duro

(Recebi esse texto por e-mail, dizia que é do Arnaldo Jabor, não comprovei se realemnte é, mas é um bom texto!)


O BUMBUM DURO
Tenho horror a mulher perfeitinha. Sabe aquele tipo que faz escova toda manhã, tá sempre na moda e é tão sorridente que parece garota-propaganda de processo de clareamento dentário? E, só pra piorar, tem a bunda dura!!!
Pois então, mulheres assim são um porre. Pior: são brochantes. Sou louco?
Então tá, mas posso provar a minha tese. Quer ver?

a) Escova toda manhã: A fulana acorda as seis da matina pra deixar o cabelo parecido com o da Patrícia de Sabrit. Perde momentos imprescindíveis de rolamento na cama, encoxamento do namorado, pegação, pra encaixar-se no padrão 'Alisabel', que é legal... Burra.
b) Na moda: Estilo pessoal, pra ela, é o que aparece nos anúncios da Elle do mês. Você vê-la de shortinho, camiseta surrada e cabelo preso? JAMAIS! O que indica uma coisa: ela não vai querer ficar desarrumada nem enquanto estiver transando.

c) Sorriso incessante: Ela mora na vila dos Smurfs? Tá fazendo treinamento pra Hebe? Sou antipático com orgulho, só sorrio para quem provoca meu sorriso. Não gostou? Problema seu. Isso se chama autenticidade, meu caro. Coisa que, pra perfeitinha, não existe. Aliás, ela nem sabe o que a palavra significa... Coitada.

d) Bunda dura: As muito gostosas são muito chatas. Pra manter aquele corpão, comem alface e tomam isotônico, portanto não vão acompanhá-lo nos pasteizinhos nem na porção de bolinho de arroz do sabadão. Bebida dá barriga e ela tem H-O-R-R-O-R a qualquer carninha saindo da calça de cintura tão baixa que o cós acaba onde começa a pornografia: nada de tomar um bom vinho com você. Cerveja? Esquece!

Portanto:
É melhor vc ter uma mulher engraçada do que linda, que sempre te acompanha nas festas, adora uma cerveja,gosta de futebol, prefere andar de chinelo e vestidinho, ou então calça jeans desbotada e camiseta básica , faz academia quando dá, come carne, é simpática, não liga pra grana, só quer uma vida tranqüila e saudável, é desencanada e adora dar risada; Do que ter uma mulher perfeitinha, que não curte nada, se veste feito um manequim de vitrine, nunca toma porre e só sabe contar até quinze, que é até onde chega a seqüência de bíceps e tríceps. Legal mesmo é mulher de verdade. E daí se ela tem celulite? O senso de humor compensa. Pode ter uns quilinhos a mais, mas é uma ótima companheira. Pode até ser meio mal educada quando você larga a cueca no meio da sala, mas e daí? Porque celulite, gordurinhas e desorganização têm solução. Mas ainda não criaram um remédio pra FUTILIDADE!!
Arnaldo Jabor

E não se esqueça...
Mulher bonita demais e melancia grande, ninguém come sozinho!!!

22 de abril de 2011

O gaúcho na Savana

Recebi por e-mail essa piadinha... muito boa!

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O gaúchão andava a cavalo pelas savanas africanas, quando, de repente, entra em uma clareira e se depara com um enorme leão, faminto.

O cavalo (que não devia ser crioulo) se assusta com a presença do enorme felino e começa a refugar, até que dá uma empinada derrubando o gaúcho no chão e em seguida foge em disparada deixando o gaudério solito atirado a própria sorte.
O gaúcho começa a bater a poeira devagarito, e vê que o bichano vem lentamente em sua direção já afiando as garras e arreganhando os dentes
Então, antes de agir, faz uma pequena oração:
- Tchê Deus!!!
- Se o senhor está torcendo por mim, faça com que eu puxe agora essa minha adaga da bota, atire-a em direção do leão de maneira certeira, fazendo com que atinja o meio da cabeça dele e que seja mortal.
- Mas tchê Deus, se o senhor estiver torcendo pelo leão, que o bicho dê um pulo certeiro, mordendo diretamente minha jugular, e que eu morra na hora, sem sofrimento, nem dor.
- Agora, Tchê Deus, se o senhor não estiver torcendo pra ninguém, pega aí uma pipoquinha......e uma Polar geladinha, te abanca ali naquela pedra, e assista uma das maiores peleias que já se sucederam por essas bandas! Porque eu vou é di-mu-li' esse jaguara metido a besta a pau!!!
Mazáááhhhh!!!

15 de abril de 2011

Eu e o Gaiteiro



Música alegre e bonita letra do Gujo Teixeira com música do Érlon Péricles, para começar bem o fim de semana. Interpretação de Gabriel 'Selvage' no Festival César Passarinho.


6 de abril de 2011

Doida ou Santa

ótimo texto de Martha Medeiros, vale a pena ler.

DOIDA OU SANTA?


“Estou no começo do meu desespero e só vejo dois caminhos: ou viro doida ou santa”.
São versos de Adélia Prado, retirados do poema A Serenata. Narra a inquietude de uma mulher que imagina que mais cedo ou mais tarde um homem virá arrebatá-la, logo ela que está envelhecendo e está tomada pela indecisão - não sabe como receber um novo amor não dispondo mais de juventude. E encerra: “De que modo vou abrir a janela, se não for doida? Como a fecharei, se não for santa?”
Adélia é uma poeta danada de boa. E perspicaz. Como pode uma mulher buscar uma definição exata para si mesma, estando em plena meia-idade, depois de já ter trilhado uma longa estrada onde encontrou alegrias e desilusões, e tendo ainda mais estrada pela frente? Se ela tiver coragem de passar por mais alegrias e desilusões - e a gente sabe como as desilusões devastam - terá que ser meio doida. Se preferir se abster de emoções fortes e apaziguar seu coração, então a santidade é a opção. Eu nem preciso dizer o que penso sobre isso, preciso?
Mas vamos lá. Pra começo de conversa, não acredito que haja uma única mulher no mundo que seja santa.. Os marmanjos devem estar de cabelo em pé: como assim, e a minha mãe??? Nem ela, caríssimos, nem ela.
Existe mulher cansada, que é outra coisa. Ela deu tanto azar em suas relações que desanimou. Ela ficou tão sem dinheiro de uns tempos pra cá que deixou de ter vaidade. Ela perdeu tanto a fé em dias melhores que passou a se contentar com dias medíocres. Guardou sua loucura em alguma gaveta e nem lembra mais.
Santa mesmo, só Nossa Senhora, mas cá entre nós, não é uma doideira o modo como ela engravidou? (não se escandalize, não me mande e-mails, estou brin-can-do).
Toda mulher é doida. Impossível não ser. A gente nasce com um dispositivo interno que nos informa desde cedo que, sem amor, a vida não vale a pena ser vivida, e dá-lhe usar nosso poder de sedução para encontrar 'the big one', aquele que será inteligente, másculo, se importará com nossos sentimentos e não nos deixará na mão jamais. Uma tarefa que dá para ocupar uma vida, não é mesmo? Mas, além disso,temos que ser independentes, bonitas, ter filhos e fingir de vez em quando que somos santas, ajuizadas, responsáveis, e que nunca, mas nunca, pensaremos em jogar tudo pro alto e embarcar num navio-pirata comandado pelo Johnny Depp, ou então virar uma cafetina, sei lá, diga aí uma fantasia secreta, sua imaginação deve ser melhor que a minha.
Eu só conheço mulher louca. Pense em qualquer uma que você conhece e me diga se ela não tem ao menos três dessas qualificações: exagerada,dramática, verborrágica, maníaca, fantasiosa, apaixonada, delirante.Pois então. Também é louca. E fascina a todos.
Todas as mulheres estão dispostas a abrir a janela, não importa a idade que tenham. Nossa insanidade tem nome: chama-se Vontade de Viver até a Última Gota. Só as cansadas é que se recusam a levantar da cadeira para ver quem está chamando lá fora. E santa, fica combinado, não existe. Uma mulher que só reze, que tenha desistido dos prazeres da inquietude, que não deseja mais nada? Você vai concordar comigo: só sendo louca de pedra.'
Martha Medeiros

5 de abril de 2011

As corruíras e o banhado

Um dia assim meio chuvoso me faz lembrar duma feita num sítio duns conhecidos. Um sitiozinho simpático com um eito de campo, uma plantaçãozinha de milho, mais pra o consumo mesmo, umas ovelhas, uns porcos, umas galinhas e uns marrecos e também tinha umas vaquinhas de leite que dava bem pras muié fazer uns queijo pra vender.

Pois que naquele dia de junho ou julho, não me lembro direito, andavam lá pelo sítio duas corruíra* tagarelando, diz que tinham ido porque tavam de férias da escola, e iam ficar lá uns dias pra aprender uns bordados e umas franjas com a dona Fátima, que era uma senhora muito prendada e mexedeira das linhas e dos tecidos, que não tinha o que não fizesse. Era bordado, era costura, era pintura, além dos queijos e das verduras que vendia na cidade, a muié véia se virava pra juntar uns troco.
Pois, que essa Dona Fátima, era muito fazedeira de fogo pros namoros das meninotas, uma devia ter uns 14 ou 15 anos e a outra uns 13, claro que era mais conversa dela pra ter assunto com as menina nova, mas elas bem que gostavam dos pretendentes a pretendentes que a véia arrumava, e por isso se sujeitavam aos desejos das mães de que elas aprendessem a bordar, e pintar e tudo essas coisas que menina nova tem que aprender pra não ficar com a cabeça desocupada, pensando bobagem.
Dessa vez os homens da casa tinham saído cedo pra um vizinho que ia lidar com uma marcação. As muié, aproveitando que tinham mais dois pares de mãos pra ajudar no serviço, passaram o dia fazendo mistura. Encheram uns vidros de bolachas, fizeram pão, cuca, bolo de milho, orelha de gato, uns vidros de sequilhos e bolinho de coalhada.
O tempo véio já tinha amanhecido fechado, mas sem chuva, então lá pelo meio dia despencou água que foi quase uma tromenta.
A tarde começou a querer se findar e nada dos homens voltarem, então a Dona Fátima achou que não dava pra ficar esperando e que tinham que ir no campo buscar as vacas, pra apartar e fechar os terneiros. Foi já que as curruíra cresceram os olhos e se prontificaram a fazer o serviço.
Mas tá chovendo, vocês vão se molhar, é longe, é difícil, vocês não vão dar conta, dizia a Dona Fátima, mas não adiantou, as duas botaram na cabeça que iam pro campo e traziam as vacas e não teve jeito, e já que a chuva tinha estiado a véia mandou que fossem, pra pararem de incomodar.
Vestiram umas jaquetas, até tinha umas capas por lá, mas a mais nova e mais tagarelinha, dizia que não podia ver capa, que tinha medo e se atracava num gritedo quando topava com um cavaleiro de capa. Foram no galpão acharam uns bonés velhos das eleição desses tempos, colocaram na cabeça e calçaram as botas de borracha, pegaram um guarda chuva e saíram... diapé, porque os homens tinham levado os cavalos.
Lá se foram pelo campo e a Dona Fátima bombeando pela janela, pensando que coisa sem cabimento, se elas pegassem uma gripe que explicação iria dar pras mães que confiaram que ela cuidaria bem das meninas.
As duas corruíras iam matraqueando achando graça no serviço que iam fazer, o apelido foi dado pelo Seu Nicolau, um véio já de idade que parava lá no sítio e volta e meia ficava de caseiro pra um e outro vizinho, justamente foi dado porque eram magrinhas e miúdas como o passarinho, e andavam sempre catarolando.
Acharam as vacas, e como estas eram mansas e acostumadas com aquela rotina diária não foi difícil fazer com que entrassem na forma e pegassem o rumo da mangueira. Se vinham, tranqueando, quando desabou um temporal.
A chuva grossa foi encharcando os bonés, as jaquetas que foram pingando e enchendo as botas d'água. O guarda chuva virava e desvirava do avesso com o vento. Com os pés molhados a bota começou a incomodar, e elas resolveram tirar as meias... não conseguiram andar mais cinco minutos e já não agüentavam as botas pegando nos pés de novo.
Que tristeza, parecia que a mangueira ficava cada vez mais longe e os pés doendo, cada um com uns três tipos diferentes de calos e bolhas que se formavam por causa das botas sete léguas.
Já vinham mancando, costeando um banhadinho, as vacas tranqueando em direção à mangueira sem ser preciso culatra, a prosa de certo que era a respeito dos aprontamentos pra uma janta na capela do Divino, pois que de tanta faceirice a mais velha chegou a perder o rumo e afundou um pé, se boleando no banhado. A outra foi só riso.
Depois que se recuperou das risadas, enquanto a mais velha tentava se erguer e se afundava ainda mais, ela foi ajudar e daí que se foram as duas banhado adentro. As botas cheias d'água só faziam atrapalhar e afundar ainda mais aquelas duas criaturinhas. O banhado remexido já tava virando um lamaçal até que a mais velha resolveu tirar as botas, e jogou lá longe fora do banhado, sem aquele peso nos pés foi meio que se atolando, meio caindo e levantando até o outro lado do banhado, conseguiu sair se arrastando e se agarrou num vassoral, só de medo porque já tava em chão firme.
Gritou pra outra fazer o mesmo. Saíram as duas molhadas, tremendo de frio e com barro até por dentro dos olhos, maldizendo tudo e todos. Cataram as botas, e o guarda chuvinha véio todo rengo, já ia longe tocado pelo vento. Com a mesma água do banhado, encheram as botas, e calçaram, pra não machucar mais os pés que já tavam cheios de bolhas, e deu certo.
Pegaram o rumo das casas. Mas e as vacas? Nem sinal, correram os olhos por tudo, mas nada de avistarem as tambeiras, e já que as duas tavam viradas num barro só, e que iam levar uma baita bronca da Dona Fátima, e lembraram da capela do Divino, que ia ter uma janta no sábado e depois um gaiteiro pra animar um bailinho, e que o filho mais novo do Seu Getúlio, um vizinho ali de perto, que era um moço muito educado e trabalhador, e bom ginete e laçador, estaria lá também, e que ele, do dia que teve no sítio ajudando a quebrar um milho, tinha prometido pra mais velha de dançarem uma moda... e já que depois de tudo isso a Dona Fátima por certo que às deixaria de castigo e não levaria ninguém na janta, já que as duas tinham inventado de sair na chuva e tavam voltando embarradas, as vacas que se perdessem campo a fora.
Já tava anoitecendo quando chegaram no portão da frente enxergaram uma capa e um chapéu saindo do galpão, parecia uma avisagem na tarde que se findava, a mais nova já caiu num gritedo, e corra, se esconda, é uma capa me socorra. Mas era a Dona Fátima que ia saindo para procurar as duas.
- Ondé que cês tavam criaturas? O que é isso? Tão coberta de barro, cês vão pegar uma gripe e as mãe docêis me mata.
- Ai tia Fátima, nós perdemo as vaca, caímos no banhado, mas não briga com nós, deixa nós ir na janta da capela, nós fazemos todo o serviço da casa a semana inteira, nós limpamos os vidros, alvejamos os panos de prato, areamos as travessas, o que a senhora quiser, mas leva nós na janta.
A outra ajudou:
- Nós ainda andemo procurando elas, mas sumiram tudo, não sei que rumo garraram.
A velha, com a maior vontade de rir da façanha das duas meninotas e da preocupação delas com a tal janta, fez cara feia e disse que dessem a volta e entrassem pelo galpão. Elas obedeceram. Entrando no galpão escutaram os berros na mangueira.
- Mas as vacas estão aqui?
- Ih minhas fia, enquanto ocês vem vino e já vo vortano. Enquanto vocês buscam as vaca eu já to com o queijo pronto. E escuitem bem, vo ver se levo ocês na tar janta, mas quero meus pano de prato arvinho, arvinho e as panela tudo brilhando.
Pois olha, passaram o resto da semana alvejando pano de prato, areando fogão e panela que dava pra se enxergar, tratando as galinhas e até ajudando a fazer o queijo. A Dona Fátima cumpriu o prometido e levou as duas na janta da capela, decerto que até aquele dia elas deram conta de tirar tudo o barro que tinham nos cabelos, porque tavam lindas que eram umas flor, e enquanto a Dona Fátima me contava essa história, a mais velha saracoteava no salão com o filho do Seu Getúlio, mas esse já é outro causo.



Alva Gonçalves

04/04/2011


*Corruíra: pássaro que mede 12cm. de comprimento. Seu canto trinado, alegre e melodioso, é ouvido principalmente no começo da manhã. Enquanto ela se move sobre construções ou na vegetação, emite sem parar um crét crét, rouco e baixo. Bem pequena, pode ser escondida na palma da mão. É parente do famoso uirapuru. (Fonte: http://www.wikiaves.com.br/corruira)

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