13 de novembro de 2012

Quanto aos bailes



Ultimamente o negócio anda só na base do dois em dois nos bailes, e só se ouve vaneira e vaneirão, nada contra, mas tudo que é demais enjoa. De repente tocam uma milonda (das bem melosa) e vez por outra um chamamé, aí o peão 'monta' a prenda na sua perna (coisa feia, mas prática comum) e sai rodopiando e batendo em quem vier pela frente. No mais vaneia, vaneira e vaneira. As prendas obrigam-se a dançar com os 'de jeans' porque os pilchados preferem beber e olhar, aliás, as latas de cerveja (porque os copos de canha há muito já se foram) acho que estão sendo fabricadas com algum produto que quando em contato com a pele cola e não desgruda, não permitindo que o paisano tire uma prenda pra dançar, pois está ocupado, total: aconselho às moças que sempre levem o bom e velho crochê para se distrair. Se bem que com essas músicas ditas ‘fandangueiras’ nem dá gosto de dançar mesmo. Mas a culpa não é só dos grupos de batidão (longe de mim defendê-los), mas também do público que dá abertura a isso. Temos diversidade de ritmos, já ouvi música do Lambari colocar muita gente na sala, então por que essa 'ditadura' do vanerão? Por que quase nunca toca valsa e rancheira? Talvez seja mais fácil, mais cômodo continuar com músicas fáceis e frases repetidas, estão sendo aceitas (apareceram até no Fantástico). Pra quem gosta de dançar, quando o pé coça o recurso que tem é enfrentar assim mesmo.


Texto publicado no jornal Quarto de Ronda em novembro de 2005.
Eu era meio revoltada nessa época né? rsrsrs
Mas continuo concordando.

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