Escrevendo Assim, nasceu da minha vontade de escrever... escrever textos, crônicas, contos, e também de escrever sobre meu dia a dia, sobre ideias de decoração, moda, organização, receitas, economia doméstica, viagens, gatos, tradicionalismo, e agora também sobre ser mãe de um jeito simples, sem essa loucura consumista do mundo. Bem vindo e fique à vontade!
5 de outubro de 2012
Contradições (sobre torneios de laço e gineteada)
Seria possível, alguém que se comove com o sofrimento dos animais, gostar de rodeio e torneio de laço?
Não gosto, aliás, repudio quem bate ou maltrata animais, qualquer animal incluindo aí gado e cavalos. E quando a gente vai a um torneio de laço, geralmente vê uma grande preocupação com os cavalos, caminhões bem preparados, água, ração, cuidado com os cascos e etc, etc... Mas sempre existem os que se acham seres superiores e que maltratam os animais pelo simples fato que eles não podem se defender como deveriam, batendo exageradamente ou deixando amarrado no sol o dia todo sem água. O fato é que apesar de não gostar de maus tratos com animais eu adoro uma gineteada.
Muito contraditório? Concordo.
Não sei o que pensar de mim mesma.
O pior acontece com o gado. Pobres bichos confinados numa mangueira barrenta, no sol o dia todo, às vezes sem conseguir chegar até a água, sendo açoitados e cutucados por uma guiada, empurrados num brete e quando finalmente conseguem correr vem um laço com uma argola de metal bater-lhes na cabeça e até mesmo em um dos olhos, isso machuca. E quando falo assim lembro da minha mãe me dizendo:
-Menina, o gado é bicho bruto, nem sente.
Será que não?
Será que não seria possível um torneio menos agressivo com os animais?
Às vezes prefiro fechar os olhos e fazer de conta que está tudo bem, mas não resisto e acabo pensando: será que esses animais se alimentaram hoje? Será que tem água disponível pra eles? Será que estão deixando o gado descansar ou estão mandando uma volta atrás da outra com o mesmo gado?
Mas continuo indo nos torneios, eu gosto, sou apaixonada por essa cultura.
Talvez, algum dia, criem regras mais rígidas sobre o tratamento dado aos animais nesses eventos, e também fiscalizem para que elas sejam cumpridas.
Talvez algum dia eu me entenda e tome uma posição ante essas opiniões tão contraditórias que afligem minha mente.
Alva Gonçalves
Fevereiro de 2011.
Texto publicado no Jornal Quarto de Ronda - Blog do Quarto de Ronda
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