19 de setembro de 2013

20 DE SETEMBRO - DIA DO GAÚCHO

Cá estamos em mais um Vinte de Setembro.
Dessa vez, meio vazio.
Sem Quarto de Ronda, sem nossa querida Patrícia.

Não tenho acompanhado as comemorações Farroupilhas aqui da cidade. Mas essa data sempre nos vem carregada de significados históricos e tradicionalistas.
Acho que não preciso reafirmar aquela velha história, de que, gaúcho não é necessariamente aquele nascido no Rio Grande do Sul, mas sim aquele que cultiva o tradicionalismo.

Eu, resolvi reler o livro "A casa das Sete Mulheres", para relembrar, com ar romancista a história dessa batalha, e desse dia tão especial para os gaúchos.
Em um dos trechos encontro uma conversa de José com sua mãe Dona Ana, a irmã de Bento Gonçalves, dona da estância do Brejo:

"José chegou do interior da casa. Suado, mangas arregaçadas. Beijou a mãe, jogou-se numa cadeira de palha. (...)
- Sabe que dia é hoje, mãe?
- Que dia, meu filho?
- Dia vinte de setembro. Faz um ano que a revolução começou. - D. Ana olhou as mãos caídas sobre o colo, lívidas. Fazia um ano.
Um ano inteiro de ansiedades e esperas.
- A gente aprende a não sentir o tempo, meu filho. Senão, acaba enlouquecendo."

Mal sabiam eles que isso tudo ainda duraria mais 9 anos.

Bem, mas a respeito do dia 20 de setembro de 2013, para mim o grande acontecimento será o lançamento do filme ""O Tempo e o Vento" baseado no livro de Érico Veríssimo. Eu mesma, não vejo a hora de entrar no cinema para assistir esse filme.
Depois de tanto ler sobre o Capitão Rodrigo Cambará, Bibiana, Ana Terra, Pedro Missioneiro e todos esses personagens tão marcantes, as vezes, de longe, parece que a gente conheceu eles em um tempo remoto. Talvez pela força que os personagens exercem sobre nós, e no período em que lemos eles passam a fazer parte da nossa vida, do nosso dia a dia, e quando a leitura acaba, é tão difícil deixá-los ir.
Eu senti tanto, minha paixão por esses personagens foi tanta, que quando comecei a ler os outros volumes da série, fiquei com aquele sentimento de que não podia abandoná-los no volume 1 (O Continente). E achei que os outros volumes, mesmo carregados de história e de personagens fortes, jamais se comparam a esse, ao meu preferido.
Que mulher gaúcha não se apaixonaria pelo  galante e sedutor Capitão Rodrigo?
E que leitora não emocionou e até chorou com os sofrimentos de Bibiana?
Que leitor não ficou revoltada com a morte de Pedro Missioneiro?

O que sei é que estou na ansiedade de ver logo esse filme, o que também traz uma pontinha de medo da frustração.  Mas não há o que fazer, apenas esperar "fiar na velha roca", como Bibiana fazia.
O trailer do filme ficou lindo, vamos ver se o filme alcança as expectativas.






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