24 de janeiro de 2013

Até um dia


Demorei um pouco para escrever esta postagem porque andei muito triste e sem vontade de escrever.
A postagem de sapatos que foi publicada no blog já estava escrita antes.
Tenho que escrever a parte 2 da postagem "Mulher Gaúcha: boina ou chapéu?", mas ainda dói falar de mulher gaúcha, pois nos últimos dias perdi uma grande amiga, que era exatamente isso, uma mulher gaúcha. Peleadora dos ideais da cultura gaúcha, e como ela mesma dizia, "carregadora das pedras" do jornal Quarto de Ronda.
Além de admirá-la muito pelo seu trabalho, nós éramos amigas. Compartilhávamos o gosto pela cultura gaúcha, pela música nativista e amor incondicional pelos gatos.
E ela se foi, assim tão jovem e com tantos planos por realizar.
É difícil compreender os desígnios de Deus numa hora assim, ficamos pensando na vida e em como ela é inconstante.

(Corredor 2011)
Quem mais me daria a oportunidade de assistir as apresentações no Corredor de Canto e Poesia?
 
 

 Até um dia

O patrão celestial quis te levar pra junto Dele. E nós ficamos, aqui neste mundo, com a dor e a saudade.
Amiga... de tantos textos, tantas receitas compartilhadas, de tantos objetos com desenhos de gato desejados por nós, de tantos sorrisos e divertimentos.
Amiga... parceira, dos shows nativistas e do Rodeio (inesquecível) de Vacaria, do passeio aos canyons, dos almoços e bolo fritos.
Amiga... que era virtual e se tornou real, e insubstituível.
Amiga... dos bate papos, confissões e desabafos. Incentivadora da escrita.
Amiga... da mão amiga pra sempre ajudar, das mãos que cozinhavam delícias, das mãos que afofavam os nossos filhos gatos.
Amiga... que tanto me paparicava com presentes, em todas as datas comemorativas, que não esquecia meu aniversário, bem pertinho do seu. Aliás amiga, nosso aniversário tá chegando, e você não esperou pra eu te dar aquela almofada de gato.
O que eu faço agora quando entro numa loja e vejo um objeto com desenho de gato? Meu primeiro pensamento era que você iria adorar... e agora? Como eu fico? Não posso comprar e embrulhar para presente, você não estará lá para receber.
Amiga... das conversas infindas pela internet... não éramos muito fãs de telefone, nem eu, nem você, mas matraqueávamos horas pelo computador.
Amiga... onde você estará para me dizer “tire o cabelo de trás da orelha”?
Amiga... você não vai mais entrar na internet e me perguntar quais os planos para o fim de semana.
Amiga... eu ainda precisaria muitas vezes que você cuidasse dos meus filhos para eu viajar. E queria cuidar dos seus também quando você precisasse.
Amiga... você ainda tinha tanto para viver. Tinha tantos poemas para escrever, tantas fotografias para tirar.
Mas não podemos mudar o passado, o que aconteceu está acontecido. Me resta orar por ti, para que Deus te receba em um bom lugar. E se o céu for mesmo um céu, você estará ai em cima, rodeada de gatos.
Amiga... vai com Deus. Sentimos e sempre sentiremos saudades. Um dia a gente se encontra novamente.

Aniversário do Quarto de Ronda 2011
 
Quem mais me daria a oportunidade de tomar chimarrão e comer bolo frito, ouvindo boa música nativista, ao vivo, e até dançar, nos corredores do supercenter Angeloni?
 

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