29 de novembro de 2012

CHOROU BEM MAIS MEU CORAÇÃO - Marcelo Oliveira

Suspiros...


CHOROU BEM MAIS MEU CORAÇÃO
Marcelo Oliveira


Baixou os olhos e chorou,
e não voltou a erguê-los mais;
perdoa as lanças e punhais
que te atirei dos olhos meus.

O transitório e ocasional
uniu meu sonho aos olhos teus.
Não houve até, não houve adeus,
nem haverá com que sonhar.

Não haverá juras nem leis,
só haverá distância e pó...
e existirão dois seres sós
com uma angústia a repartir.

Nem tua imagem eu gravei,
teu rosto, não posso lembrar;
ficou apenas a impressão
do inatingível e fugaz.

Quem sabe a vida, em outra vida,
os nossos rumos, tenha unido;
ou mesmo exista outro sentido
a essa angústia que ficou.

E a cada lágrima vertida
pelos lindos olhos teus,
não derramei uma sequer...
...Chorou bem mais meu coração.

28 de novembro de 2012

Música Grude: Eu Vim Aqui pra dançar

Tava demorando pra grudar uma música dos Monarcas!!!

Letra:
Música:
Ritmo: Vaneira
Quem eu ouço cantando: Os Monarcas
Trecho preferido:
"Vou pro fandango faceiro não de folga seu gaiteiro que eu vim aqui pra dançar"


Pois eu queria um vídeo melhor, mas o único que achei no you tube, foi esse.

Eu Vim Aqui Pra Dançar

Os Monarcas

Uma vaneira tocada, chacoaleada e floreada ao estilo do rincão
Por um gaiteiro faceiro que espiche o fole inteiro sem perder a marcação
Uma prenda mui lindaça dançadeira e morenaça nos braços desse peão
E dou-lhe bota a noite inteira no meio da polvadeira no fandangaço de galpão

(Eu danço xote vaneirão vaneira e chamamé
A minha prenda é dançadeira e eu sou bom no pé
Na marcação do bugio faço levantar a poeira
Passeio no contrapasso esquento as botas na rancheira

E puxe esta gaita gaiteiro faz ela gemer
Eta fandango animado não dá pra se mexer
E abram cancha gauchada que me secou a goela
E eu só paro de dançar quando preciso beber)

Segunda-feira, terça-feira, quarta quinta e sexta-feira minha vida é trabalhar
Se tem fandango no povo sábado de tardezinha eu paro pra me ajeitar
Me ajeito a preceito água de cheiro no peito eu passo pra perfumar
Vou pro fandango faceiro não de folga seu gaiteiro que eu vim aqui pra dançar

25 de novembro de 2012

Mulher Gaúcha - Moda: Mulher de Bombacha

Há quem não goste, e há quem adore.
Eu particularmente gosto bastante, e acho que mulher de bombacha não fica masculinizada, como muitos afirmam. É só saber comprar a bombacha certa para o seu corpo, e usar com camisa e  assessórios corretos.
Pode ficar super bonita uma composição com bombacha feminia, então abaixo seguem algumas idéias:
As fotos são de desfiles da marca "Crioula" e também da marca "Gaúcho e Prenda".
O legal é a proposta de usar bombacha não obrigatoriamente com bota campeira, mas também com botas comuns, do dia a dia, com alpargatas e com sapatinhos baixo como na segunda foto. Sapato de cadarço com faixa pampa, que ficou uma graça.




















 

 

Site Marca Crioula
Site Gaúcho e Prenda

Para arrematar Juliana Spanevello de bombacha e alpargatas.
 
 
 
 

22 de novembro de 2012

PARABÉNS LAGES - 246 ANOS

Parabéns a essa linda cidade que compelta mais um ano.
Cidade que para muitos pode ser pequena e subdesenvolvida, mas para mim está de bom tamanho.

E se quiser saber  mais sobre os trejeitos de Lages curta a página do Lageanês no Facebook -Lageanes ! Hóme do céu!



20 de novembro de 2012

Feriadão em Florianópolis

No feriadão de 15 de novembro o marido consegiu uma folguinha de última hora e resolvermos ir pra Floripa... cidade linda demais.

 
 
O caminho... ensolarado!
 
Quase chegando.

 
Pegamos uma chuvinha no caminho.

 
Primeira parada, uma lanchonete que tem um monte de coisas pra vender... olha que legal esse aviso:

 
hehehe em caso de emergência... tem que apelar pro sabugo!
 
 
 
A famosa e linda Ponte Hercilio Luz.


 
 
Visita ao Mercado Público de Floripa, tinha até pagodinho, muito legal.

 
Dizem que não basta ser pobre... tem que tirar foto na árvore de natal do shopping. E eu ia perder uma dessa?!!!

 
Avenida Beira Mar

 
Indo para Jurerê
 
 
As tranquilas águas de Jurerê, não é à toa que todo mundo adora essa praia.
 
 
Dunas da Jaoquina, uma vista maravilhosa.


 
Tomando um chimarrão nas pedras no canto da Joaquina.

 
Praia da Joaquina

 
Lagoa da Conceição

 
 

15 de novembro de 2012

TCHE MUSIC - Não foi o fim

Em uma matéria publicada em 20/10/2009 no jornal Zero Hora falava-se sobre Tchê Music. Agora, 3 anos depois da publicação, resolvi analisar essa matéria verificando o que houve de lá para cá.
A matéria começava mais ou menos assim: “Agora, nomes até pouco tempo da tchê music, como Luiz Cláudio e a Tribo da Vanera e o grupo Quero-Quero, estão voltando às origens. Outros, como o Tchê Barbaridade, tentam o meio-termo. Será o início do fim da tchê music?”
Claro que não foi o fim da tchê music, mas que muitos acordaram e resolveram voltar ao tradicionalismo antes que fosse tarde, isso foi.  Podemos dizer que o Paixão Cortes até que tinha razão, quando disse na matéria: “Sou contra qualquer medida proibitiva, mas sou a favor de conceituação, da diferenciação dos estilos”  ou seja, música tradicionalista gaúcha é uma coisa, tchê music é outra.

Sobre o grupo Quero-Quero, o vocalista André Lucena comentou “Tentamos passar para um mercado que estava se abrindo. Mas o público mais fiel chiou e com razão”.  Vejo que atualmente o grupo abandou de vez a tchê music. Pelo menos na última apresentação em que estive presente, tocaram músicas bem tradicionalistas e integrantes bem pilchados. Parece que voltaram às raízes mesmo, até regravaram algumas músicas nativistas.
Quanto ao Luiz Claudio e a tribo da vaneira, que, na época comentou que voltara a usar bombacha e que tinha voltado pra ficar, “voltou a usar bombacha e, definitivamente, como gosta de ressaltar”. Bom, eu até procurei informações, mas não encontrei nada, não sei o que é feito dele e do grupo hoje em dia.
 Já o Tchê Barbaridade conseguiu ir longe. Na matéria o vocalista Marcelo Noms afirmou “A gente vai tentar achar um caminho do meio para unificar as duas ideias, o tradicional com o novo. Já temos músicas com esta perspectiva”. Eu acho que eles estavam meio sertanejos, não acompanhei muito essa fase deles, mas ficaram conhecidos nacionalmente, fizeram shows com cantores famosos. Fico feliz por eles, estão fazendo sucesso, mas o importante é deixar claro que fizeram música sertaneja e não mais música tradicionalista.
Um detalhe é que na mesma matéria, o Marcelo comentou que não pretendiam vestir bombacha novamente, é aí que verificamos como as coisas podem mudar. Este ano o Tchê Barbaridade lançou o CD e DVD 100% gaúcho. Somente com músicas tradicionalistas, a maioria regravações. Teve um show/baile com eles aqui em Lages/SC; lançamento desse trabalho. Há anos eu não ia numa apresentação do grupo e resolvi literalmente 'pagar para ver'. Pois lhes digo: valeu cada centavo!
Não podemos colocar em discussão a qualidade musical que o grupo tem, eles sabem fazer música, no sentido de tocar, cantar e da própria estrutura que possuem. Tocando música sertaneja, romântica ou batuque, eles são sempre bons. Que fique claro que não estou falando da qualidade das letras. O bacana é que com essa proposta 100% Gaúcho, o Tchê Barbaridade trouxe toda essa categoria para a música gaúcha novamente. Estavam todos pilchados, digo, completamente pilchados, e tocaram somente músicas tradicionalistas.
Pelo que entendi a proposta é: contrate um show e eles vão tocar batuque vestidos de cola fina, contrate um baile e eles vão pilchados e tocar música tradicionalista. Até que a ideia não é ruim, já citei o Paixão Cortês, lá em cima, o importante é deixar claro, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Enfim... tem Tchê Barbaridade para todos os gostos!
Já o Marquinhos do Tchê Garotos disse: “Tchê music não existe no resto do país. Em São Paulo, somos sertanejos”, concordo com ele. Isso é ótimo, são sertanejos e não tem nada a ver com a música tradicionalista gaúcha. Não podemos negar que o Tchê Garotos também fez sucesso, até emplacaram uma música na novela das 9h.
Ele também comentou que: "voltar à música tradicionalista e ao uso da bombacha é uma forma de desespero", isso depende. Talvez para muitos essa história de se bandear pra tchê music ou pra música sertaneja, como queiram, é que seja uma forma de desespero.
Acredito que tem espaço para todos. Já fui muito radical e totalmente contra a tchê music, agora estou mais realista. Se tiver quem queira ouvir, que toquem, bem longe de mim. Eu prefiro ficar com os clássicos como Entrando no Bororé, ou com a simplicidade de Sonhando na Vaneira d’Os Monarcas. Os grupos e cantores que optaram por continuar no tradicionalismo tem um público fiel, e grande.  E esse público não irá abandoná-los, nem trocá-los por modismos. Há muita qualidade na música gaúcha. E se apresentar de bota, bombacha e lenço no pescoço não é vergonha, nem desespero, é uma forma de manter vivos os costumes nos quais acreditamos.


Alva Gonçalves – 20/10/2012


13 de novembro de 2012

Quanto aos bailes



Ultimamente o negócio anda só na base do dois em dois nos bailes, e só se ouve vaneira e vaneirão, nada contra, mas tudo que é demais enjoa. De repente tocam uma milonda (das bem melosa) e vez por outra um chamamé, aí o peão 'monta' a prenda na sua perna (coisa feia, mas prática comum) e sai rodopiando e batendo em quem vier pela frente. No mais vaneia, vaneira e vaneira. As prendas obrigam-se a dançar com os 'de jeans' porque os pilchados preferem beber e olhar, aliás, as latas de cerveja (porque os copos de canha há muito já se foram) acho que estão sendo fabricadas com algum produto que quando em contato com a pele cola e não desgruda, não permitindo que o paisano tire uma prenda pra dançar, pois está ocupado, total: aconselho às moças que sempre levem o bom e velho crochê para se distrair. Se bem que com essas músicas ditas ‘fandangueiras’ nem dá gosto de dançar mesmo. Mas a culpa não é só dos grupos de batidão (longe de mim defendê-los), mas também do público que dá abertura a isso. Temos diversidade de ritmos, já ouvi música do Lambari colocar muita gente na sala, então por que essa 'ditadura' do vanerão? Por que quase nunca toca valsa e rancheira? Talvez seja mais fácil, mais cômodo continuar com músicas fáceis e frases repetidas, estão sendo aceitas (apareceram até no Fantástico). Pra quem gosta de dançar, quando o pé coça o recurso que tem é enfrentar assim mesmo.


Texto publicado no jornal Quarto de Ronda em novembro de 2005.
Eu era meio revoltada nessa época né? rsrsrs
Mas continuo concordando.

6 de novembro de 2012

OLHAR - Marcelo Oliveira

OLHAR
Marcelo Oliveira


Lua que busca o silêncio dormido entre as sombras
Alma que guarda saudade dormida em silêncios
Beijo que dorme em saudade de alma e desejo
Corpo que grita no canto, pois quer o teu beijo

Paz que não tenho a distância e nas sombras que venho
Alma que dói por saber da saudade que tenho
Brilho da luz escondida na lua que espera
O beijo que grito e que traz teu amor primavera

Um dia o meu olhar, quem sabe, encontre o teu
E acorde pra um novo mundo que o tempo adormeceu
E o brilho que, em ti, virá da luz da lua é meu
E a calma da sombra mansa da paz que amanheceu
O teu olhar se encontra ao meu
Reflete os sonhos dormidos que buscam achar os teus

Olhar de estrela recente em meio ao que penso
Adeus ao sorriso que parte e não sabe se volta
E o pouco de mim que ficou já não sabe se canta
Fez lua e saudade chorar no olhar da garganta

Um dia o meu olhar, quem sabe encontre o teu
E acorde pra um novo mundo que o tempo adormeceu
E o brilho que, em ti, virá da luz da lua é meu
E a calma da sombra mansa da paz que amanheceu
O teu olhar se encontra ao meu
Reflete os sonhos dormidos que buscam achar os teus

3 de novembro de 2012

Mulher gaúcha - Moda

A indumentária tradicional da mulher gaúcha é muito bonita, mas um tanto antiquada para os dias atuais.
Para os homens é simples e fácil usar em qualquer ocasião a indumentária tradicional, bota, bombacha, guaiaca, camisa, lenço, e chapéu. Já para as mulheres, sair por ai de vestido de prenda é um tanto espalhafatoso e incomodo, sem contar a delicadeza do vestido que pode sofrer danos.
Portanto a mulher gaúcha foi se adaptando e mudando sua indumentária não oficial. Eu digo "não oficial" porque os CTG's, MTG, CBTG ou sei lá o quê? definem regras, (ao meu ver) rígidas demais, para as indumentárias, tanto feminina como masculina. Mas na prática, as coisas não acontecem assim, e as pessoas, no dia a dia, vão fazendo a indumentária do tempo atual à sua maneira.
Pensando nisso fui buscar idéias para a indumentária feminina. Hoje muitas das inspirações vêm de cantoras como Shana Muller e Juliana Spanevello, entre outras.
Pelos rodeios vemos as mulheres e meninas com bombachas femininas, botas ou alpargatas, o traje mais campeiro, que se adaptou da pilcha masculina. O que também fica muito bonito, se bem usado.
Hoje posto inpirações de trajes mais elaborados. Eles tem forte influência da cultura Argentina, e toda essa mescla com a cultura gaúcha. Notamos que a faixa pampa na cintura é quase uma unanimidade. Camisas bem trabalhadas, saias longas, mas não muito largas. Em algumas ocasiões chapéu e lenço.
Só não encontrei esses trajes combinados com boina, será que fica legal? O que acham?
Na semana que vem posto as bombachas e trajes mais campeiros para mulheres.



Camisa trabalhada e faixa pampa.






Juliana Spanevello com saia de veludo e faixa pampa bem larga.

Shana Muller: saia não muito larga com babados discretos na barra.


Juliana Spanevello e sua saia de babados.
Essa saia aparece várias vezes combinada com diferentes faixas e blusas.







Nas duas fotos abaixo camisas sem mangas (o que é "proibido" pelas regras das instituições citadas acima, ou seja, prendas são proibidas de sentir calor!)  
Nos dois casos as camisas sem mangas com babados no decote, caíram muito bem junto com a saia e a faixa pampa.
Na moça de saia verde, camisa, faixa pampa, colares longos e pulseira.


Blusa simples, mas sempre a faixa pampa.




Mais uma vez, saia com babado discreto na barra.


Saias, camisas, faixa pampa e o uso do chapéu.


Shana Muller: além da faixa pampa, camisa e chapéu, o lenço no pescoço.


Aninha Pires: Chapéu, camisa trabalhada, faixa pampa e saia, tudo escuro apenas a faixa com tom claro definindo bem a cintura.



Aqui ao invés da faixa pampa, uma faixa vermelha, que também caiu muito bem.



Novos rumos

Simplicidade de Mãe e novos rumos no blog

Queridos leitores, eu fiquei um bom tempo afastada do blog, com muitas ideias e assuntos para escrever, mas sem tempo. Em primeiro lugar, p...

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